O director da I Região Tributária (Zaire e Cabinda) defendeu ontem, em Mbanza Congo, o aumento do controlo da entrada e saída de mercadorias pelo Posto Aduaneiro do Luvo, onde funciona um mercado transfronteiriço operado por comerciantes de Angola e da República Democrática do Congo (RDC).
Celestino Culecalala qualificou, em declarações à Angop, o Posto Aduaneiro do Luvo como um dos pontos potenciais da arrecadação de receitas para os cofres do Estado a nível desta região norte.
Um encontro com os importadores e exportadores de mercadorias que operam no Luvo foi realizado esta semana para divulgar os mecanismos que orientam o funcionamento da Administração Geral Tributária (AGT) e apresentar os projectos do Executivo em matéria de arrecadação de receitas para os cofres do Estado.
Celestino Culecalala afirmou que a consciencialização dos cidadãos sobre o cumprimento das obrigações tributárias é um processo longo, mas pediu a colaboração das autoridades administrativas e à sociedade para se engajarem.
Na semana passada, a Polícia Fiscal apreendeu 1.950 litros de combustível no Posto Aduaneiro do Luvo, em contrabando que tinha como destino a RDC, anunciaram aqueles serviços em comunicado citado pela Angop.
O tráfico de combustível para a RDC passou, nos últimos meses, a ser mais rentável, com o tambor de 200 litros a ser comercializado a 120 dólares. A Angop escreveu que, nas bombas de combustível de Mbanza Congo, se regista uma afluência frenética de consumidores que se esforçam para adquirir combustível para levar para a RDC, onde é vendido.
Táxis são procurados para o transporte do combustível para a comuna do Luvo, 60 quilómetros a norte da cidade de Mbanza Congo. “Eles transbordam a gasolina em bidões de 20 litros para escaparem do controlo da Polícia”, informou José Pemba, automobilista, que disse sentir-se agastado com o actual atendimento nas bombas de combustível desta cidade.
“As vezes, são priorizados os comerciantes, em prejuízo dos automobilistas. Ficámos muito tempo nas filas para sermos atendidos”, lamentou. Mbanza Congo dispõe de duas bombas de combustível, uma da Sonangol e outra da Pumangol.
notícia extraída na integra de jornaldeangola.sapo.ao