As exportações atingiram 40% do PIB em 2014, traduzindo-se numa subida de dez pontos percentuais face a 2010. Segundo o Banco de Portugal, esta evolução reforça a perspectiva de que se trata de "alteração estrutural" na economia portuguesa.
No Boletim Económico de Maio, divulgado esta quarta-feira, o banco central defende que o crescimento económico, "embora moderado", aconteceu "em simultâneo com o restabelecimento de equilíbrios macroeconómicos fundamentais no quadro do Programa de Assistência Económica e Financeira".
A economia cresceu 0,9% e, ao mesmo tempo, o saldo primário foi positivo. Além disso, o equilíbrio externo manteve-se em 2014.
No boletim, o banco faz uma análise à evolução da economia portuguesa em 2014 e não actualiza previsões face ao exercício anterior.
A instituição refere que é "imprescindível" para a economia portuguesa prosseguir "o processo de ajustamento em curso", com aumentos sustentáveis do consumo e das taxas de investimento que "permitam renovar o capital, em paralelo com uma redução progressiva dos níveis de endividamento".
O Banco de Portugal conclui que o sucesso da economia portuguesa dependerá da sua capacidade para "aumentar a quantidade e qualidade dos factores produtivos, encetar reformas estruturais e persistir na correcção de desequilíbrios macroeconómicos com base numa correcta condução das políticas económicas".