O proprietário da fazenda Arrozal, de 1.800 hectares e situada em Camacupa, Bié, disse ontem ao Jornal de Angola que começam, o fim de Março, as exportações para Portugal, depois de satisfazer as encomendas recebidas de diferentes regiões de Angola.
José Carriço disse que espera uma produção de 12 mil toneladas de arroz em casca e que embora a fazenda dispõe de uma capacidade de secagem de 90 toneladas, de quatro mil para o armazenamento, além de uma unidade de descasque com capacidade para cinco toneladas por hora.
O fazendeiro indicou que o produto é transportado pelos Caminhos-de-Ferro de Benguela (CFB) para localidades do Leste e Sul de Angola e que grandes superfícies comerciais fazem a promoção do produto fora das fronteiras de Angola.
José Carriço referiu que a preferência pelo arroz produzido em Camacupa está entre consumidores de idade avançada e reside no gosto e cheiro. “Temos pessoas fora das nossas fronteiras que conhecem o arroz produzido em Angola e, com frequência, dirigem pedidos para o envio, sobretudo para Portugal.”
Noventa por cento dos trabalhadores são jovens que se tornaram “grandes operadores de máquinas” depois de processos de formação assentes na habilidade para o cultivo e a obtenção de qualidade, realçou o proprietário da fazenda.
Por imposição da guerra, muitos jovens trabalhadores da fazenda têm níveis baixos de escolaridade, situação que levou a gerência da Arrozal a dar formação profissional em matérias como o manuseio de tractores e máquinas de descasque.
A responsabilidade social, explicou José Carriço, tomou elevadas dimensões na fazenda, que este ano distribuiu dez toneladas de sementes de arroz para massificar a produção no município de Camacupa e gerar rendimentos adicionais entre os trabalhadores.
notícia extraída na integra de jornaldeangola.sapo.ao