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04
abr
2016
Portos nacionais batem recordes de carga movimentada
Portugal

Os meses de janeiro e fevereiro foram os melhores de sempre em termos de volume de carga movimentada, face aos períodos homólogos, ascendendo aos 13,6 milhões de toneladas, mais 1,4 por cento que no ano passado. De acordo com a AMT – Autoridade da Mobilidade e dos Transportes “este comportamento global do mercado é explicado pelos acréscimos que ocorreram nos mercados de Carga Contentorizada (+19,1%) e do Carvão no porto de Sines (+38,3%), tendo este porto, no conjunto das cargas, registado um crescimento de +6,1 por cento face a 2015”.

Nos dois primeiros meses do ano, os portos de Viana do Castelo e Leixões registaram variações de +51,8 por cento e +2,7 por cento, respetivamente, o que contribuiu para a variação global observada. Nos restantes portos, o volume de carga movimentada sofreu uma diminuição face a 2015, com cerca de -12 por cento nos portos de Figueira da Foz e Lisboa, -2 por cento nos portos de Aveiro e Setúbal e -60 por cento no porto de Faro, com uma reduzida dimensão.

Em termos de tonelagem de carga movimentada, o porto de Sines mantém a posição cimeira representando cerca de 51,5%, seguido do porto de Leixões (20,6%), Lisboa (11,2%) e Setúbal (8,5%).
Em relação ao mercado de contentores, os portos nacionais registaram um acréscimo de 1 por cento de TEU´s movimentados, em resultado das variações positivas observadas nos portos de Leixões (+6,7%), Setúbal (+34,5%) e Sines (+4%) e de variações negativas registadas nos portos de Figueira da Foz (-22%) e Lisboa (-20,1%). A AMT sublinha que os valores atingidos são os mais elevados de sempre ao nível da carga contentorizada, sendo que o tráfego de transhipment teve um peso de 79 por cento no total de contentores movimentados no Porto de Sines. O porto alentejano mantém a posição de líder nacional neste segmento de mercado com um movimento que representa 51,5 por cento do total (40,7% da responsabilidade do transhipment e 10,8% tendo o hinterland como origem ou destino), seguindo-se Leixões com 26,3 por cento, Lisboa com 15,6 por cento e Setúbal com 5,8 por cento. Na posição cimeira em termos da tonelagem da carga movimentada mantém-se também o porto de Sines, representando cerca de 51,5 por cento, seguido do porto de Leixões com 20,6 por cento, de Lisboa com 11,2 por cento e Setúbal com 8,5 por cento.


Granéis sólidos com crescimento de 10,7%
No que respeita ao mercado de cargas movimentadas, merece particular destaque o dos Granéis Sólidos, com um aumento de +10,7 por cento face a janeiro-fevereiro de 2015, onde o mercado do Carvão registou a importação de 1,2 milhões de toneladas, representando um acréscimo de +38,5 por cento, o valor mais elevado de sempre nos períodos homólogos. Também o mercado dos Produtos Agrícolas registou um aumento neste período de +31,3 por cento. No mercado de Carga Geral, a marca dos 5,5 milhões de toneladas foi ultrapassada pela primeira vez, nos dois primeiros meses do ano, registando um acréscimo de +3,3 por cento face a 2015. Este fenómeno é explicado pelo comportamento dos mercados de carga Contentorizada e Ro-Ro que cresceram, face a 201, +9,2 por cento e +19,4 por cento, respetivamente.
A carga embarcada, com origem no hinterland dos portos comerciais, na qual as “exportações” assumem um peso importante, registou um volume estimado de cerca de 4,3 milhões de toneladas no período janeiro-fevereiro de 2016, um decréscimo de cerca -12 por cento face ao período homólogo de 2015.

Quanto ao volume de carga desembarcada, na qual as “importações” representam em regra mais de 90 por cento, verificou-se um aumento de +8,3 por cento face ao valor registado em janeiro-fevereiro de 2015, muito influenciado pelo aumento da importação de Carvão e de Produtos Agrícolas que apresentaram um aumento de +39 por cento e +29,9 por cento, respetivamente. Nos dois primeiros meses de 2016, a carga Contentorizada atingiu 1,95 milhões de toneladas, aumentando +13,1 por cento, e o mercado do Petróleo Bruto ultrapassou os 2 milhões de toneladas, registando um aumento de +4,7 por cento.

“Viana do Castelo, Figueira da Foz, Setúbal e Faro continuam a ser os portos que registam um maior número de embarques (carga embarcada) superior aos dos desembarques (carga desembarcada), com um quociente entre carga embarcada e o total movimentado, no período em análise, de 76,2%, 67,4%, 50,3% e 100%, respetivamente”, refere a AMT.


fonte: www.transportesemrevista.com

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