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28
nov
2018
Yilport cresce 21% em Leixões
Portugal
A história repete-se. Com Lisboa e Setúbal em greve, Leixões rebenta pelas costuras na movimentação de contentores. Em Outubro, a Yilport cresceu ali 20,6%. Em Outubro, o Yilport Leixões (como agora se denomina o TCL) movimentou 64 136 TEU. Há um ano, no mesmo mês, contaram-se 53 200.
 
Com este resultado excepcional, o movimento acumulado nos dez primeiros meses do ano saltou para os 539 801 TEU, 3,9% acima do realizado entre Janeiro e Outubro de 2017, avançou ao TRANSPORTES & NEGÓCIOS o director-geral da concessionária. O acréscimo da actividade em Leixões é justificado em boa medida pelo arrastar dos conflitos laborais nos portos de Lisboa e Setúbal. Uma situação que acaba por criar problemas de capacidade de resposta  no porto nortenho, onde espaço é coisa que há muito não abunda. “Estamos a trabalhar em conjunto com a APDL para tentar reorganizar outras cargas em Porto, para que nos possam ser alocadas novas áreas onde se possam, no imediato, armazenar contentores”, refere Nuno David. “O terminal e o espaço disponível estão a ser optimizado ao máximo, fruto de um excelente trabalho de planeamento e do esforço humano e financeiro, para responder de forma positiva ao aumento da procura”, acrescenta.
 
Para libertar espaço (e minimizar os impactos da redução dos dias de depósito gratuito dos contentores), o terminal “tem operacionalizado a portaria todos os sábados e feriados para permitir o levante de carga”. Mas, “lamentavelmente este nosso esforço não está a ser acompanhado pelos recebedores e transportadores, que não têm aproveitado esta nossa flexibilidade operacional”, exemplifica, em tom de crítica, o responsável da Yilport Leixões. Como se não bastasse o aumento dos volumes movimentados, são cada vez mais frequentes as escalas de navios em que se carregam/descarregam 3 000 TEU e mais. “O aumento de movimentos por escala coloca mais pressão sobre o terminal, tanto na frente de cais como no parque. A maior dificuldade é, no entanto, no parque, já que não é fácil operar navios que de uma só vez descarregam em terminal mais de 1 000 contentores”.
 
Para minorar a situação, são cada vez mais os dias em que o terminal de contentores de Leixões trabalha 24×7, “sendo que temos agora diversas ocasiões em que operamos mais de um navio simultaneamente em período nocturno”, avança Nuno David. Previsões para o final do exercício, o director geral da Yilport Leixões prefere não as fazer, já que “tudo vai depender de a greve ao trabalho extraordinário decretada pelo SEAL se manter, ou não”. Se a greve continuar, Leixões “irá ultrapassar  mais uma vez os 650 000 TEU”, antecipa. No ano passado contaram-se 633 mil. O melhor resultado de sempre foi registado em 2014, com 666 mil TEU, então também com a “ajuda” de Lisboa.
 
Fonte, Transportes & Negócios.
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